quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Processo de Trabalho



No nosso trabalho em grupo, colocamos como palavra-chave "DESLOCAMENTOS". Tínhamos a ideia de trabalhá-lo em diferentes vertentes, contando histórias de pessoas que viajam todos os dias para a UFABC, muitas vezes de distâncias bem grandes, há também pessoas que se mudaram e vivem em repúblicas, outros que vivem sozinhos ou em pensionatos. Há também pessoas que são do BC&T e pegaram matérias de BCH, ou os que trocaram de curso. Há casos de pessoas que mudaram de faculdade, ou os que tiveram experiências com intercâmbio, por exemplo. 

A atual conjuntura da sociedade nos faz viver de forma mais rápida, e como colocado por Bauman "nossa atual condição sociocultural, marcada por infinitas possibilidades de escolhas". A UFABC, por exemplo, é um lugar cheio de escolhas diferentes, o projeto interdisciplinar nos permite vivenciar disciplinas diferentes dos cursos tradicionais, e isso vai moldando o profissional que esperamos nos tornar. 
Ao longo do quadrimestre, buscamos por vários relatos, e encontramos histórias muito interessantes, que podemos acabar nos espelhando e encontrando semelhanças, ou admirando e aceitando as diferenças. 

Ainda com Bauman, temos a utilização do conceito "Modernidade líquida" , onde não há solidez nem durabilidade, há também a grande promoção das redes sociais, e podemos ver isso nesta disciplina em que utilizamos a comunicação virtual para o planejamento do trabalho e para visualização de outros.  Ultrapassamos diferentes fronteiras de território e dos "eus". Estamos no mundo acadêmico, no mundo dos amigos, entidades, pesquisas, projetos, no mundo virtual e somos diferentes pessoas em cada um deles. Vivemos nos deslocando de decisões, de momentos.


Mais relatos que estão expostos no nosso cartaz:
 Diariamente me desloco de SP para SBC e gasto cerca de 2 horas nesse percurso. 
Minhas terças-feiras são os meus dias mais puxados, pois chego às 7:30 para as aulas da 
manhã e saio às 23 por conta das aulas noturnas. Esse processo é muito desgastante, mas o 
fato de poder encontrar pessoas maravilhosas da UFABC já compensa.


Inicialmente matriculado no noturno, acabei vindo para o período da manhã. O espaço
é o mesmo, as disciplinas, códigos, estruturas e instituições também; porém a experiência é
completamente diferente. Os agentes humanos fazem o lugar, os do noturno costumam ser
mais velhos e maduros do que os do matutino. Sinto uma maior receptividade no período da
noite, de manhã há grupos muito bem determinados.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Dia chuvoso

Em um dia gelado e chuvoso na Inglaterra, o pequeno e fofo centro da cidade de Bournemouth abrigava uma feira de nações, exemplificando ainda mais o quanto vivemos de diversidade. A Inglaterra recebe muitos imigrantes e turistas, escutar português é mais fácil do que se imagina, e encontrar coxinha em um restaurante, cujo dono é árabe também não é muito difícil. lembro até hoje da barraquinha italiana tomada por doces muito bonitos, e o engraçado era que o vendedor falando em italiano, era da Noruega. Tinha ainda outra barraca de docinhos daqueles coloridos, e o do no era espanhol, assim como o churros gigante, e a barraca de roupas irlandesas. Um encontro de nacionalidades em um espaço tão pequeno. 
Isso em remete um pouco ao texto A produção social da identidade e da diferença”, de Tomaz Tadeu da Silva, dado na aula 10 pela professora Andrea, e segundo ela, as diferenças constroem o processo de identidade. 

A identidade é algo tão amplo, vivemos em diferentes grupos a todos os momentos, e temos uma identidade diferentes, então eles nos transformam, e também podemos transformar as pessoas inseridas neles. É uma rede cheia de informações e modos de agir que influenciam atitudes, escolhas. As diferenças são boas, mas podem se tornar um problema Às pessoas preconceituosas transformando as diferença em desigualdades. E infelizmente, o mundo ainda é tomado por muitas desigualdades, sejam econômicas, sociais, mas muitas vezes também de intolerância. Há casos de brasileiros que são barrados na Espanha, por exemplo, ou de pessoas que devem ser revistadas na fronteira de Israel por ter um nome de origem islâmica. São coisas tão mínimas mas que se transformam em consequências tão gritantes. Onde está a tolerância?