quarta-feira, 23 de julho de 2014

O global no indivíduo


No meu intercâmbio, um dos focos era aprimorar o meu inglês, por isso escolhi uma escola que tivesse boas indicações. Estudar em uma escola internacional, é como ter o mundo em um pequeno espaço, e isso é um dos inúmeros exemplos da globalização, o individual influenciado pelo global e vice-versa. Há um teste inicial para analisar o nível dos alunos, e nessa sala, tinham grupos de colombianos, franceses, assim como na sala de aula do dia seguinte, com uma turma com turco, espanhol, coreanos.
Andei pesquisando sobre o sistema de ensino do inglês no Brasil, e há propostas de mudanças. Há um foco muito grande em decorar vocabulário em frases prontas. já o projeto de mudança baseia-se na interdisciplinaridade, com um foco maior na oralidade, aprender errando, e isso é o que acontece, quando se estuda o idioma no próprio país.
Esse era um medo que eu tinha, da dificuldade de me expressar em outro idioma, mas Mike que eu citei no post anterior foi bastante simpático comigo, e isso facilitou. Quando cheguei na casa de família, o sotaque me assustou um pouco, já que o inglês britânico é mais carregado. Mas foi mais tranquilo do que eu imaginei.
Isso me faz pensar sobre os diferentes "eus", as diferentes identidades, transformando o ser que poderia ser "unificado". O eu que morava no Brasil, se transformou numa viagem sem volta em situações de saudade, problemas, novidades, amores, amizades. O eu que vivia na abertura e convivência de uma família estabilizada, e foi viver a cultura de outra totalmente estranha, em um espaço estranho. Habituada com uma vida, e vivendo outras.
A fronteira demarcada é apenas um desenho para um mundo tão vasto, em uma vida diversificada!


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